PET TOUR | MUSEU DA JUSTIÇA 

A visita realizada no dia 14 de julho  no Museu da Justiça personifica um retrato do passado do nosso país e representa uma fonte de ressignificação para o nosso presente e futuro. A exposição  “Vale da Escravidão”, derivada do projeto “Arquivos Judiciais da Escravidão no Vale do Paraíba Fluminense”,  revela a realidade de um passado escravocrata nos ambientes das fazendas cafeeiras da Região do Vale do Paraíba. Mapas e as fotografias apresentadas trouxeram um retrato do nosso passado, mas não só isso, eles ilustram a organização sistemática  da exploração de mão de obra escravizada.

Um exemplo marcante é a fotografia posada de Marc Ferrez, que tenta mascarar a realidade dos escravizados, como a utilização de vestimentas pelos trabalhadores. Porém, tal realidade não pode ser de um todo escondida, os pés descalços em um solo desgastado é um marco que não pode ser simplesmente ignorado, bem como  as crianças  e a feição daquelas pessoas ali representadas. Uma realidade pode ser camuflada, mas não integralmente escondida.

Assim, a exposição vai além de uma simples apresentação de fatos históricos: ela se configura como um espaço de denúncia, memória e reflexão sobre o nosso passado, presente e futuro. 

Destacam-se ainda outras mostras relevantes, como a exposição que aborda a história da Justiça e a que retrata a partilha do Imperador de D. Pedro II. O exercício de memória que a visita ao Museu da Justiça nos proporciona vai além da contemplação histórica — ele nos convida a refletir sobre os valores que moldam nossa sociedade e identidade coletiva. Venha descobrir esse espaço de história, consciência e transformação. Sua visita faz parte dessa construção.

Texto por Maria Alice Franco

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